Em Portugal, a pobreza infantil, definida como crianças em agregados familiares com rendimentos abaixo de 60% do rendimento mediano nacional, é um problema significativo. Estima-se que 1 em cada 5 crianças esteja em risco de pobreza. Recentemente, o relatório “Portugal, Balanço Social 2023” indicou que, sem prestações sociais, quase metade das crianças em Portugal seria considerada pobre.
De entre os problemas que afetam severamente as crianças, destaque-se a indignidade habitacional, que contribui para vidas excluídas e percursos escolares e de saúde marcados pelo insucesso e por precárias condições sanitárias. A situação laboral das famílias é também fator determinante, lesando intensamente os agregados com baixos níveis de trabalho e/ou com condições de precarização.
De grande valia são as atividades comunitárias que proporcionem ambientes de socialização e de interação cidadã… Sim, porque como afirma Vital Moreira: “a cidadania não nasce ensinada”.
Cuidar das crianças é cuidar, antes de mais, das condições presentes do seu bem-estar, nas quais se podem alicerçar futuros que contrariem a desesperança e o círculo vicioso da pobreza. No sucesso das crianças aposta-se uma parte importante do sucesso das nossas sociedades.
A Ordem dos Assistentes Sociais considera prioritário o investimento público e societário na melhoria das condições de vida na infância.
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